VENENO CONTRA VENENO?
Estômago, por ser o primeiro órgão que a recebe. Pode-se,
algumas vezes, com a morfina, aliviar os terríveis sofrimentos de um enfermo,
mas com ela não se consegue unia cura. Podem apresentar-se casos em que se
necessite um purgante para solver um caso de urgência, mas o purgante não cura
a enfermidade; ao contrário, prejudica o estômago e os intestinos. O
clorofórmio pode ser necessário para uma operação sem dor numa pessoa após um
acidente grave, etc.
Contudo, sempre que se considerem as drogas como curativas,
comete-se um grande erro. As drogas são remédios prejudiciais à saúde, com os
quais se pode conseguir um resultado, mas não uma cura natural.
"Tendo-se isto sempre em mente, não se pode cair tão
facilmente em erro, como tem acontecido, por dês graça, nos tratamentos
abusivos à base de medicamentos. As operações, também, jamais curam; porque a
cura é uni processo de regeneração do organismo. Com uma operação pode-se
extirpar um órgão ou parte do mesmo, mas não há órgãos no corpo que não sejam
necessários ou úteis. Portanto, o que se deve fazer é procurar curá-los e
evitar extirpá-los. As numerosas operações que se fazem hoje em dia constituem
uma prova do fracasso dos tratamentos com medicamentos. Noventa por cento das
operações poderiam seguramente ser evitadas com o uso adequado e oportuno da
medicina natural. Entenda-se bem não é necessário ser fanático e não admitir em
nenhum caso o uso de remédio ou de uma operação, porque podem apresentar-se
casos em que estes se justifiquem, por exemplo, num grande tumor que oprima as vias
respiratórias com perigo de morte imediata, caso 2 que a operação é o remédio
adequado para evita: lá .1.1
"O maior erro da
medicina alópata tem sido de considerar, durante séculos, as drogas como
agentes curativos. Este erro era tão grande, que os investigadores se
entregaram com incansável atividade à busca de drogas e remédios que deviam
fazer o milagre de curar as enfermidades . . . não encontraram uma droga
verdadeiramente curativa e que ao mesmo tempo não seja um veneno mais ou menos
prejudicial para o organismo, porque não existe tal coisa senão na imaginação
das pessoas. Só a natureza cura.
"Esta caça aos
remédios, baseada numa concepção equívoca acerca das enfermidades, desviou
demasiadamente a atenção dos clínicos e investigadores.
"Grandes
descobrimentos foram feitos em todos os ramos da medicina, menos no mais
necessário, a saber, na cura natural das enfermidades mediante agentes
naturais. Tais descobrimentos foram lançados no mundo com grande alarido, e
tanto sugestionaram os clínicos que estes geralmente têm seguido o rumo
indicado pelos autores. Os remédios anunciados têm sido experimentados nos
enfermos. Cria-se que tomados nas doses prescritas não haviam de prejudicar.
Isto, porém, é um grande erro. Um veneno sempre é prejudicial, ainda que seja
tomado em pequena quantidade e ainda que nem sempre se manifeste em seguida o
prejuízo ocasionado.
"Há enfermos
que, aparentemente, suportam bem os medicamentos, mas há muitos nos quais se
pode observar em seguida o efeito prejudicial sabre seu organismo. Na VENENO
CONTRA VENENO? medicina de hoje fala-se muito em intoxicações medicamentosas.
Nas ilustrações na página anterior podem observar-se os prejuízos que certos medicamentos
podem ocasionar. Deve-se, porém, considerar que foram anunciados como dando
brilhante resultado e, demais, já haviam sido experimentados em animais ou no
laboratório. Devido a isto não se duvidava de sua eficácia nem se pensava no
prejuízo que podiam ocasionar ao enfermo. De toda maneira, era necessário fazer
algo para combater a enfermidade. Prontamente a prática demonstrou que os
remédios descobertos não curavam e, perdida a fé neles, tornou-se necessário
descobrir outros, que de novo pudessem despertar a esperança; e estes não têm
faltado. Liam-se, cada dia, nos periódicos, anúncios sobre a descoberta de
novos remédios, de resultado seguro, o que demonstra a escassa eficácia dos
anteriores. Assim, passam-se os anos, mas os enfermos muitas vezes não se
curam. Há cada dia mais enfermidades crônicas, como o demonstram as
estatísticas.
"O fato de que a
maioria das drogas são bem cedo desacreditadas, para dar lugar a outras, novas,
que igualmente desaparecem depois de terem sido experimentadas, é uma prova
evidente de que não curam..." "Já muitas vezes medicamentos de 'ação
rápida e milagrosa' — confessa um médico alópata — tiveram que ser abandonados,
porque davam ~ente a ilusão de cura, e o germe patogênico ficava no organismo,
onde reaparecia depois de vários anos". — Micróbios Vencidos, pág. 328,
pelo Dr. Hugo Mondolfo.
POSTAGEM EMERSON SILVA
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