Água quente
A água quente produz,
como a água fria, a excitação da sensibilidade periférica e determina quase
igual série de reflexos. A principal diferença é que a água fria é mais tônica
e sedativa que a água quente. Outrossim, a aplicação demasiadamente longa desta
última é deprimente.
Com água quente também se verificam as duas fases já
mencionadas: vasoconstrição com
hipertensão; vasodilatação com hipotensão. A princípio há, com a aplicação de
água quente, produção de muito calor. Depois a defesa orgânica contra a
elevação da temperatura interna se efetua por meio de uma vasodilatação
periférica enérgica, e por transpiração, se a aplicação é de duração
suficiente.
As aplicações
hidroterápicas frias ou quentes têm, em seus efeitos sobre o corpo humano
‘apele como intermediário. Da
superfície da pele parte a impressão sensitiva que constitui a reação da
sensibilidade, o reflexo vasomotor que provoca a reação •circulatória, e o reflexo
térmico que regula, por meio dos vasomotores, o gasto de calor periférico
A Por outro lado, o estado da pele também sofre modificações.
As duas fases — vasoconstrição a vasodilatação
a afetam especialmente, de vez que os capilares cutâneos são os mais
diretamente interessados. A pele fica, sucessivamente, pálida, e, logo em
seguida, rosada, era virtude dos movimentos vasculares, graças aos quais a pele
pode desempenhar-se mais facilmente das suas funções, das quais, a que mais nos
interessa no momento, é a eliminação das substâncias morbosas, pela frequente transpiração.
Este resultado pode ser alcançado tanto com água fria como com água quente, mas
o efeito da primeira é maior.
A hidroterapia, como
tratamento capaz de operar profundas modificações no organismo, tem igualmente
influência sobre a nutrição, pois está comprovado que este tratamento aumenta o
número de glóbulos vermelhos e de glóbulos brancos do sangue, aumenta a taxa de
hemoglobina, age sobre a excreção urinária, tem efeito sobre a evacuação,
aumenta a eliminação das matérias azotadas e do ácido úrico, etc.
Banhos quentes
Os banhos quentes (de 37° a 40°C) são tônicos se são curtos
(5, 10 ou 15 minutos). Sendo mais demorados, ou muito frequentes, tornam-se
deprimentes. Inicialmente a temperatura da água deve ser morna ou neutra (30° a
35°C); vai-se acrescentando água quente aos poucos, até que a temperatura
chegue a 40°C.
Quem não está acostumado a tomar banhos quentes deve começar
com banhos rápidos, digamos de 5 minutos, um pouco a duração em cada banho
seguinte.
Estes banhos se recomendam aos obesos, aos que sofrem de
gôta, podagra, reumatismo, às pessoas predispostas aos espasmos; recomendam-se
também para aliviar convulsões, etc.
No começo da febre escarlatina, do sarampo, da rubéola, um
banho quente de 10 minutos, faz aparecer a erupção.
O banho quente também
é bom para provocar o aparecimento da menstruação e para aliviar a menstruação
dolorosa.
O banho quente faz suar e ajuda a eliminar as substâncias
morbosas que o corpo envenenado por um falso modo de viver é demasiado fraco
para por si mesmo expulsar.
Antes de se tomar um banho quente, deve-se tomar copiosa
quantidade de água fria. Durante o banho é bom aplicar compressas frias à
cabeça, para evitar a congestão cerebral.
À água do banho acrescenta-se o cozimento de folhas de
eucalipto, cavalinha, flores de feno, e outras plantas.
Imediatamente ao sair do banho quente, deve a pessoa tomar
um choque de água fria. Pode tomar um chuveiro frio, rápido, de meio minuto, ou
alguém derramar-lhe água fria por cima. Isso para evitar que se resfrie.
POSTAGEM EMERSON SILVA
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